"Itineraries"
Os desenhos de Erica Burini, Fabio Lopes, Junior Suci e
Thais Galbiati focam na figura humana. No caso da Thais, as várias figuras mais
ou menos regularmente distribuídas no esboço do desenho, um tipo de narrativa
visual, na qual o diálogo entre a figura e o fundo tanto isola quanto
entrelaça, por “repetição” e reiteração, forma, por meio de um ritmo visual
“lento”, as diferentes características da composição inteira. Elas são
características generalizadas de uma sequencia temporal implícita e suspensa. A
artista mescla os elementos estruturais de quadrinhos e de graphic novel com as
memórias de um tempo cinemático.
Conferencia "Crossing Line Global Drawing"
Florença, Itália.
Texto: Prof. Dr. Marcelo Guimarães Lima, USP.
"Traço e cor"
Uma arremessa a poética pela linha
gráfica e o preto é uma constante em seu trabalho, até o presente momento, já
que estamos num trânsito entre aqui e ali, como bem ela diz. Em sua proposta
principal a presença de pessoas se confirma, com um “quê” de algo no olhar de
seus personagens. Como a pensar sobre este trânsito do qual falamos. A cor marca presença suavemente,
talvez como distanciamento da realidade percebida, nestas cenas construídas por Thais Galbiati.
Galvão Preto
Nucleo de Artes Visuais da Difusão Cultural da FCMS.
Galvão Preto
Nucleo de Artes Visuais da Difusão Cultural da FCMS.
"Dentes guardados"
Exposição da artista
Tal qual dentes, emoções e sentimentos, definham, morrem, passam. Mas não acabam nunca quando guardados em forma de labirintos de imagens que registram um momento fugaz para sempre. Impressões pessoais são a matéria prima do trabalho da artista Thais Galbiati bem mais do que suas tintas. Seus comentários enigmáticos sobre o mundo ao redor são traduzidos em intricadas e ao mesmo tempo liricas; as vezes coloridos, ás vezes sombrias, mas sempre cheias de vida própria, aquela vida que só um artista que usa a subjetividade como munição é capaz de injetar em seus trabalhos.
A exposição é um convite para conhecer sobre esse universo intimo construídos em telas, papeis, madeiras, cuja variações de técnicas e materiais são indispensáveis, alguns feitos em aquarelas, outros em técnica mistas, como canetas, nanquins, látex, materiais tradicionais e o que mais puder servir para as compulsivas experimentações da artista. O resultado tem um quê de abstração, outro um punhado de surrealismo, mas no fim das contas há tantas possíveis leituras que não cabe a nós rotular. Apenas mergulhar nesse universo; porque é belo; porque é instigante ou porque nos identificamos...afinal de contas, quem não tem não alguns dentes guardados?
Priscilla Pessoa
Professora do curso de Artes Visuas/UFMS e Artista visual